sábado, 21 de maio de 2011

Filmes Pornô - dos "catecismos" ao HD - parte 1

         Com este título vou triplicar os acessos ao meu blog. Se tem uma coisa que o povo gosta é de sacanagem. É isso aí, você mesmo que está lendo agora, não disfarça não! Tenho absoluta certeza que desta vez você entrou mais rápido no blog que quando dos posts anteriores.
       Mas tudo bem, vamos em frente. Quando eu era garoto, no tempo do telefone de disco, o primeiro contato com o fantástico mundo da sacanagem era feito através dos famosos "catecismos" (engraçado usarem essa palavra para isso. Será que os padres distribuíam?) de Carlos Zéfiro. Essas publicações influenciaram tanto as gerações da época que até hoje homenageiam o cara, com livros, videos, exposições, etc. Virou arte. Mas acho justo. Realmente, conseguir uma daquelas naquela época da ditadura (sem trocadilho, por favor) era um acontecimento que fazia os olhos de qualquer moleque de 13 anos brilharem. E as mãos tremerem. Por isso tantos fãs até hoje. O cara é o "Roberto Carlos" dos punheteiros. Era uma brasa, mora????
       Quem tiver entre 40 e 50 anos, pode fazer uma forcinha na memória e se lembrar aonde escondia tais "catecismos", pros pais não pegarem. Dentro do livro de álgebra, no fundo falso da mochila (aliás mochila não, pasta 007 ou similar),  embaixo do colchão, dentro da Bíblia, no forro da cortina, no banheiro de empregada, e tantas outras manifestações da criatividade humana.
     Um pouco mais tarde, vieram as famosas "revistas suecas" (ou dinamarquesas também). Caraca, foi uma revolução! Fotos a cores! E que fotos! Agora, além de sacanagem, a molecada aprendia também anatomia. De uma certa maneira, isso acabou um pouco com o "romantismo" de Carlos Zéfiro, porque agora era sacanagem mesmo, nua e crua. E com "modelos" bem feios, diga-se de passagem. Homens e mulheres. Os caras mais pareciam drogados com picas de jumento, e as mulheres verdadeiros "trubufus" cabeludos. E põe cabelo nisso, meu camarada! Em certas fotos a garotada ficava na dúvida se era sexo vaginal ou oral, devido ao ângulo utilizado.
          Agora, estas publicações tinham um problema: eram bem maiores que os "catecismos", do tamanho de uma revista normal de hoje. E ainda por cima coloridas! Muita gente boa foi pega com a "boca na botija", já que eram mais difíceis de esconder. E quando isso acontecia, que vergonha!!!! A professora Marocas falou bem alto na sala de aula:  "- Joãozinho, o que é isto dentro do seu livro de álgebra???"  "- Dê aqui, menino!" "-OOOOOOHHHHH!!!!!! Que absurdo!!!" "- Depois da aula vou mostrar esta porcaria pro Diretor e você vai ter uma conversa com ele!!!". E aí Joãozinho tinha que ficar esperando Dona Marocas conversar com o Diretor, coisa rápida, trinta ou quarenta minutinhos de uma conversa que devia ser acalorada, pois os dois apareciam suados quando enfim o chamavam.
         Mas e os filmes pornô, cacete???  Foram o próximo passo na escala evolutiva da sacanagem. Primeiro, as fitas em super 8. Horríveis. A imagem era uma merda, o som uma bosta, os "modelos" eram os mesmos das revistas suecas, e o mais difícil: ter um amigo que tivesse um projetor e um apartamento vazio pra galera poder assistir à "premiére". Só tinha graça quando esse mesmo amigo por engano trocava a fita do batizado do irmãozinho e começava a passar "Suruba no Convento" pra família assistir....
          Este assunto é extenso, e vou deixar pra concluir no próximo post. Não vai demorar, prometo! 
          Um abraço a todos.

sábado, 14 de maio de 2011

Comidinhas

          Espero que vocês não me venham com essas mentes sujas de novo. Vou falar de comida mesmo, comida de motel. Os mais "antigos" já devem ter reparado na evolução das opções dos cardápios dos motéis ao longo dos anos. Há 30 anos, quando tinha alguma coisa para comer, era um sanduiche e olhe lá. Bebida, tinha que pedir, pois frigobar era um item raro. Se vocês leram meu último post, se quarto com banheiro era um luxo, imaginem serviço de bar e restaurante.
          Pois bem, os motéis então começaram a evoluir, e hoje a maioria oferece opções variadissimas, em qualidade e quantidade. Mas aí também começam os problemas. Como oferecer refeições de qualidade, se o número de clientes que pedem comida é apenas uma pequena parte dos que frequentam o motel?
         Não me refiro ao tão propagado "almoço executivo", pois é claro que nesse horário a maioria pede comida, obviamente. E, em geral, as opções são simples e rápidas, o que não compromete a qualidade da refeição. Agora, fora isso, tem motéis que realmente exageram nas opções: pratos de camarão e lagosta, peixes amazônicos, carnes de caça, coisas que ficam 365 dias no cardápio direto e que é impossível manter o frescor sempre. Claro que há casos em que a administração é bem feita, e o cardápio muda constantemente para adaptar a sazonalidade dos alimentos. Mas são poucos, infelizmente.
           Bom, após esta breve divagação, vou citar algumas coisas que realmente irritam os moteleiros: 
          Primeiro, o cara (moteleiro) prepara o cardápio com o maior carinho, compra os itens com todo o capricho, treina o pessoal da cozinha e o serviço, faz propaganda, e o primeiro FELA DA PUTA que pede o prato fala: "-Dá pra trocar o petit pois por champignon???" ou então "-Dá pra tirar a alface do enfeite e mandar uma porçãozinha de farofa??". Eu sei que o cliente tem sempre razão, e nas casas que administro  oriento os funcionários a não questionar estas coisas, mas que dá uma raiva, ah isso dá....
        Segundo, ainda tem o sujeito que liga pra telefonista e pede: "-Você pode mandar pra mim dois pratos, duas facas, dois garfos, duas colheres, etc???"  Ou seja, o desgraçado trouxe o frango e a farofa de casa e ainda utiliza o serviço do motel. E ainda reclama: "-Não tem azeite não? Mas é azeite mesmo???". E pode ter certeza: vai embora sem consumir uma água mineral sequer, deve ter bebido água da bica. Ou então dexou um Tobi vazio pra trás...
        Há pratos que marcaram história em alguns motéis. Logo quando comecei no motel, há mais ou menos dezoito anos atrás, os funcionários de um motel na época top de linha no Rio criaram uma expressão para o "Camarão à Paulista com Arroz a Grega":  "Ô João! Sai um PRATO DE PUTA aí!!!" .  E se junto pediam um vinho rosé, aí eles tinham certeza mesmo. Naquela época, o exagero era a tônica nas cozinhas de motel. A primeira vez que vi um Churrasco Misto saindo pro cliente, perguntei se era para uma suruba, tamanha a quantidade e variedade das guarnições e carnes.
         Linguiça a metro, fondue de carne (empesteia tudo), sorvete frito, javali, feijoada, mocotó, já vi de tudo nesse ramo. Uma coisa que me divertia era a originalidade de alguns cozinheiros na confecção de enfeites para os pratos. Alguns, pra mostrar serviço, inventavam esculturas em vegetais para os enfeites, e tinha sempre que prestar atenção para as "liberdades artísticas" dos desgraçados. A única exceção era um cliente "vegetariano" que era muito assíduo na época: Invariavelmente pedia ou uma cenoura ou um pepino, mas inteiro e graúdo. Para esse, eu autorizei a tal "liberdade artística" e eles caprichavam na cabeça do bicho. Isso é que é atendimento personalizado!!!!
          Fidelização do cliente, pessoal.
          Por hoje é só. Até o próximo post.