O assunto de hoje não poderia ser outro senão essa data tão especial que vem chegando. A data em que todo moteleiro ri até de desastre de avião: O Dia dos Namorados!. Sim, o que mais escuto no meio são frases do tipo: "- Se eu tivesse mais cem apartamentos, lotava do mesmo jeito!" ou "- A fila chegou a tantos casais e ninguém queria desistir!". Realmente, do ponto de vista do dono do motel é ótimo, mas colocando-nos no lugar do cliente, que programa de índio, cara!
Vejam bem, não quero desestimular ninguém de ir aos motéis nesta data, mas é preciso tomar certos cuidados, como se programar para não chegar tarde e estar preparado para algum tempo de espera. Até uma certa hora, e isso depende do motel, a espera não é tanta assim, e se você desistir para tentar outro pode acabar entrando novamente em outra fila.
Até recomendarei uma matéria que saiu hoje no jornal O GLOBO no caderno de bairros Zona Sul da repórter Bruna Talarico:
http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2011/06/09/moteis-se-preparam-para-novo-publico-hora-de-estrear-as-suites-385486.asp
Muito interessante. Vale a pena ler.
Até recomendarei uma matéria que saiu hoje no jornal O GLOBO no caderno de bairros Zona Sul da repórter Bruna Talarico:
http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2011/06/09/moteis-se-preparam-para-novo-publico-hora-de-estrear-as-suites-385486.asp
Muito interessante. Vale a pena ler.
Uma coisa que reparei é que os clientes habituais do motel não costumam ir neste dia. Parece lógico, se já vão uma ou mais vezes toda semana, para que arriscar ficar esperando? Na outra ponta da corda, o que aparece de gente nova não se escreve. Tem alguns inclusive que nota-se claramente que nunca foram a um motel antes. Parecem baratas tontas na recepção, sem saber o que falar ou para onde ir. Nessa hora é que uma boa recepção é importante, para orientar e deixar o casal à vontade. No caso de motéis com garagem privativa, já ouvi relatos de pessoas que esquecem de abrir a janela do carro e ficam fazendo perguntas ou esperando a chave com o vidro fechado. Quando se tocam ficam com aquela cara de "Ih, me entreguei!".
Certa vez, estava trabalhando num dia desses (aliás, eu sempre trabalho nesse dia, não tem jeito) quando, para ajudar o garçon, fui levar um pedido no apartamento. Para quem não sabe como funciona, explico: Você faz o pedido à telefonista, fecha a porta que dá do quarto para a saleta e aguarda. Quando chega o pedido, o garçon dá um toque na campainha, abre a porta do corredor para a saleta com cuidado, monta o pedido na mesa, e, terminando, sai e dá um ou dois toques na campainha para avisar que está servido e a porta fechada. Aí você pode ir para a saleta e desfrutar do que você pediu. Notem que não há nenhum contato nessa hora entre o garçon e o cliente, pois o mesmo pode estar à vontade.
Bom, voltando ao meu caso, fui levar um pedido no apartamento. Havia pouco tempo que tinha começado a trabalhar no ramo, e não me lembro se foi o primeiro ou o segundo dia dos namorados que peguei. Sei que estava uma loucura, bem no pique do movimento, e lá fui eu todo suado com a porra do pedido na mão. E não era um pedido qualquer, não! Era um badejo, um dos pratos mais caros do cardápio, cheio de guarnições, talheres, azeite, etc. e junto um vinho branco, no balde com gelo, taças e com aquele suporte para ficar no nível da mesa. Até hoje não sei como consegui, mas levei tudo numa viagem só.
Cheio de confiança, eu, gerente fodão, toquei a campainha, abri a porta com o maior cuidado, e o que vejo? O casal sentado à mesa, ambos vestidos, aguardando para serem servidos! Nessas horas, a força do pensamento positivo faz toda a diferença (pensei "Ih, FUDEU!!!"). Gelei!. Respirei fundo e fui em frente. "-Boa noite!, Com licença!" e comecei a montar a mesa diante do casal.
Era um casal novinho, 20 e poucos anos, desses que eu disse ser a primeira vez no motel. Não me lembro se eram mal educados e não responderam ou se eu estava tão nervoso que não ouvi, mas fui em frente mesmo assim. A única coisa que me lembro claramente foi de rezar para não pingar suor nem na comida nem na mesa. Pedido montado, podia ter deixado lá assim mesmo, mas me bateu na hora aquele velho espírito de porco: "Só de sacanagem, vou servir o vinho como manda a etiqueta.", pensei. Abri a garrafa, coloquei a rolha ao lado do cavalheiro, esperei alguns segundos mas ele não cheirou (como imaginava), servi um pouco na taça dele, que pelo menos provou e deu ok. Então servi a dama, servi o cavalheiro, e finalmente me retirei.
Final da história: deixaram uma sugestão elogiando o motel e seu excelente serviço. Vai ver ficaram com pena do meu suor. Mesmo assim, foi uma experiência única. Nunca mais servi porra nenhuma no quarto!
Agora falarei sério: não esperem o dia dos namorados para fazer algo diferente com seu par. Para quem ama, todo dia tem que ser dos namorados. Faça uma graça, use aquela lingerie, dê uma rosa, ou simplesmente dê o melhor dos presentes: um abraço sincero, um beijo e as três palavras mágicas: "Eu te amo!". Todos os dias, nunca é demais!
Me despeço deixando para vocês um poema que li em algum blog que não lembro e um link de um cara apaixonado, um tal de John Lennon.
Dedico estes à minha namorada e a todos os casais apaixonados que me dão o privilégio de ler estas linhas mal escritas.
Diferenças
Falar do que você sente por mim,
É um enigma, sempre faz pensar.
É difícil de entender e desvendar
Um amor muito complicado assim.
Eu gosto de violeta, você de jasmim,
Contrastes, diferenças para comparar.
Ambas tem a missão de embelezar
Um pequeno vaso ou um vasto jardim.
Longe, você quer estar perto de mim.
Está sempre querendo me dominar,
E eu, arredia, sempre tentando escapar,
Contudo, o amor ainda persiste assim.
São tantas diferenças e opostos enfim,
Você é como o rio, eu sou como o mar,
Somos águas diferentes a se encontrar
Na imensidão de um amor sem fim.
Siby
Falar do que você sente por mim,
É um enigma, sempre faz pensar.
É difícil de entender e desvendar
Um amor muito complicado assim.
Eu gosto de violeta, você de jasmim,
Contrastes, diferenças para comparar.
Ambas tem a missão de embelezar
Um pequeno vaso ou um vasto jardim.
Longe, você quer estar perto de mim.
Está sempre querendo me dominar,
E eu, arredia, sempre tentando escapar,
Contudo, o amor ainda persiste assim.
São tantas diferenças e opostos enfim,
Você é como o rio, eu sou como o mar,
Somos águas diferentes a se encontrar
Na imensidão de um amor sem fim.
Siby
P.S.: Se você está sem namorado (a), não fique chateado(a). Sua hora vai chegar. Confúcio já dizia: "Tem sempre um chinelo velho para um pé descalço." (Se não disse, deveria ter dito). Fui!
Juca, adorei seu Blog, tem uma escrita bem simplificada o que é bem interessante na rede, e você tem uma bagagem incrível de histórias, muito bacana!!!
ResponderExcluir;)
Como sempre digo a vida deveria ter manual do usuário. Bom neste caso pelo menos de uso do motel. Gostei!
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